Não sei bem dizer.
Apenas ocorreu,
naquele momento a engrenagem não girou
nem uma fração.
Ali o tempo parou,
claro que não para o mundo,
mas para o eu.
Um sentimento de prisão se estabeleceu,
e ao mesmo tempo sem guia...
liberdade.
Aquela obrigação partiu,
foi-se, e já não era mais nada, senão um passado
e no futuro uma ilusão.
Me torturou,
me julgou superficialmente junto com seu egoísmo.
Simplesmente em si, e cada vez mais
não compreende,
nem questão faz.
Não é?
Pois bem, será que um dia fui?
Então dou as costas, e
sem mais visão - do reflexo -,
senão agora a frente:
caminho.
viva. pois são diversos os passos a dar, sentimentos a sentir, e vontades. penso - tão somente hoje - que assim é a vida. e diante de tanto, no entanto é apenas isso: viver.
sábado, 20 de outubro de 2012
Nem existiu
E assim, ela apareceu
repentinamente no meu andar, no meu buscar a encontrei.
No seu olhar me encantei,
me vi em um mar infinito... um brilho,
que me estagnava como um admirador sem hora e nem compromisso.
Cidade maravilhosa, mulher encantadora.
Eu, desbravador de uma noite,
e daí houveram noites sem fim.
Coração e sangue, ao lado de uma mulher de concreto, aço, bosques e céu.
Vivendo na cidade de pele, osso, seios e mãos.
Indescritível, caminhos diretos ao deslumbre do impossível.
Daquele toque... restou toque e o último beijo.
E a cidade floresceu, desmembrou-se,
avenidas tomavam a mulher,
que seguia fluente, cedente, e cedeu...
a avenida ficou pequena, torpe, sem cor,
naquele emaranhado de prédios, já não há mais luzes, apenas o opaco.
E para a avenida partiu,
a estrada a consumiu e sendo pequena,
então ao voar: mundo.
Eis, então, o resto que ficou.
Contento-me, diante da mentira de um alguém,
de um ser visto.
Visão incoerente, e dispersa do que me consideram.
Afinal, e por fim, nunca considerarão o que há de fato,
o que arde, o que se sente: um coração, só.
repentinamente no meu andar, no meu buscar a encontrei.
No seu olhar me encantei,
me vi em um mar infinito... um brilho,
que me estagnava como um admirador sem hora e nem compromisso.
Cidade maravilhosa, mulher encantadora.
Eu, desbravador de uma noite,
e daí houveram noites sem fim.
Coração e sangue, ao lado de uma mulher de concreto, aço, bosques e céu.
Vivendo na cidade de pele, osso, seios e mãos.
Indescritível, caminhos diretos ao deslumbre do impossível.
Daquele toque... restou toque e o último beijo.
E a cidade floresceu, desmembrou-se,
avenidas tomavam a mulher,
que seguia fluente, cedente, e cedeu...
a avenida ficou pequena, torpe, sem cor,
naquele emaranhado de prédios, já não há mais luzes, apenas o opaco.
E para a avenida partiu,
a estrada a consumiu e sendo pequena,
então ao voar: mundo.
Eis, então, o resto que ficou.
Contento-me, diante da mentira de um alguém,
de um ser visto.
Visão incoerente, e dispersa do que me consideram.
Afinal, e por fim, nunca considerarão o que há de fato,
o que arde, o que se sente: um coração, só.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
A posteriori
E irá.
Será?
Voltará?
Manterá?
Existirá?
Possibilitará?
Constará?
Deixará?
Partirá?
Acontecerá?
Jazerá?
Amará?
E não irá.
Será?
Voltará?
Manterá?
Existirá?
Possibilitará?
Constará?
Deixará?
Partirá?
Acontecerá?
Jazerá?
Amará?
E não irá.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Recado ao ninguém
Eu sei, que para as pessoas a verdade é mentira.
Para os adultos a opção, é irrelevante.
Para o mundo, a merda, é a máxima de um rumo.
Infelizmente passaram anos,
meses, dias, rumos e fiados,
mas eu não consegui.
Eu novamente não me adaptei,
me conturbei;
achei que a anedota era mais engraçada do que de fato.
E em cada ato,
cada vez mais, me ridicularizei e não acreditei.
Eu tento,
mas não me atento,
não crio e não me atino.
Não consigo vender,
até de graça e com dignidade ofereço minha moral...
não adianta.
É, infelizmente sou assim.
Sem noção, sem - literalmente - refrão,
nem reflexão, nem condição.
Sendo assim: nada.
Passar bem.
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