sábado, 25 de outubro de 2014

Eleições - nesse caso de 2014

E se amanhã fosse o último dia,
o que você faria?
Votaria na Dilma,
ou o Aécio você escolheria?

Mas e se amanhã fosse o último dia,
o que você consideraria:
a realidade do amor em um corpo que vive,
ou um sistema político que nos engana dia após dia?
Além disso, o que mais você consideraria?

E se de qualquer forma... amanhã fosse o último dia,
e talvez houvesse o questionamento do caminho que não mais se percorreria?

Afinal...
O final do que amanhã seria?
Amanhã... posso dizer que no passado eu não sabia.
E que ontem, diante do que acontece nesse amanhã, tantas dessas coisas
minha mente não imaginaria.

Amanhã resumir a - um jogo - uma eleição,
o que pode ser considerado?
Nada, a não ser para, diante da política, realizar
- perante tantos - mais um conchavo.

sábado, 4 de outubro de 2014

Excitação

Talvez seja medo,
mas com uma mistura de audácia,
e então me coloco
no espelho - de Michel de Montaigne, "Tenho medo de ter medo".

Quebre espelho, benditos sejam seus cacos!
Quebre espelho, maldito seja seu reflexo!
Oh espelho, quebre os seus centímetros!
Quebra! Quebrou...
Não há talvez diante disso.
Não há importância perante os cacos,
são perecíveis ao sol.

Não há talvez, não resta o si;
é, por si.
E que seja, pois o mundo
de aparência estilhaça aos pés.
Não é medo,
não é coragem...

domingo, 25 de maio de 2014

Foi

O que eu poderei dizer diante desse falecimento?
Apenas que mais um ser pensante não está mais...
Uma ser pensante da qual eu simplesmente,
dizer prazer ao conhecê-la, seria pouco.

Me dispus, me consumiu
as maiores devastações.
Não me possibilitei
que o choro fosse
guardado.
E nas ruas, pela periferia,
além de vagar na volta de
aquilo que a alguns é relevante,
chorei. Porque no choro
eu me ative!

Pensei na busca
do mundo, também
no desabafo com a
amizade...
Porém, pensei também
em falar do, e com o, passado... falei dele comigo.
Aquele que eu mesmo,
diante de você,
não me deixei passar,
passa.

Mas do que seria tudo,
senão tal possibilidade?
Ora, se me atenho com o choro,
com a exaltação da devastação de si,
com os arrimos, e com as impossibilidades.
Do que adiantará, senão, o meu andar?

Que proeza, não?
Tudo é tão passageiro, e essa mediocridade
de sentimentalismo não honra a virtude de
quem foi.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Passado

Mas, como poderia você?
E o que ofereceria?
Senão o conflito
desnecessário, perante
o que o futuro trará!

Ah... o futuro.
Imprecisão nenhuma dele
me faria estimar por você.

Você que é o torpor
tido em cada manhã
de embriaguez; e houve embriaguez.

Nenhuma novidade sem base
dele me faria ousar
pensar de buscar estar com você.

Saudades, apenas do eu,
que o inesperado poderá
propor de algo que
ainda não fui.

Pois, se não há chão,
não há paredes,
tão pouco teto ou tempo...